quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Dentro de mim


Dentro de mim há pensamentos demais, o que torna tudo meio apertado, mas tenho tentado dar uma arrumada nessas ideias para que cada uma fique na sua gaveta. Há também sentimentos demais, mas de forma alguma vou expulsá-los, deixo que circulem à vontade pelo meu corpo. Dentro de mim as estações são bem definidas: verão é verão, inverno é inverno. Toca música aqui dentro quase o tempo todo, e há uma satisfação secreta que precisa se manter secreta para não passar por boba.
Há crianças e adultos dentro de mim, todos da mesma idade. Aqui dentro existe uma praia e uma montanha coladas uma na outra, parece até Rio de Janeiro, só que os tiroteios são raros.(...) Dentro de mim estão muitas lágrimas que não foram choradas pra fora e muitos sorrisos que, de tão íntimos, também guardei. Dentro de mim, às vezes, são produzidas algumas cenas sofisticadas e roteiros de filme B. Como não gostar de viver aqui dentro?E você, tem sido um bom hospedeiro de si mesmo?
(Martha Medeiros)
Hoje resolvi postar um texto que me identifico bastante. Não é novidade que eu sou fã da Martha Medeiros. Ela escreve cada coisa que me deixa pensando por dias...
Bom, é isso xD
To escrevendo a continuação daquele último texto da aula, acho que sai no fds ;]
;**
PS: sim, sou eu na foto xD

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Ás vezes...


Ás vezes preciso de luz, ás vezes sombra ou completa escuridão. Preciso gritar, ouvir e cantar músicas, mas ás vezes me cobrir de silêncio. Algumas vezes não me importo, mas geralmente preciso me explicar. Não consigo ocultar sentimentos, nem guardar muito bem os meus segredos.
Ás vezes quero mergulhar no desconhecido, mas sei que uma hora ou outra vou precisar de algo familiar que me transmita segurança.
Há uma linha tênue entre o que quero ser e o que de fato sou e, apesar de tão simples, sinto certas dificuldades em atravessá-la.
Ter conhecimento sobre os meus sentimentos e sensações não quer dizer necessariamente que eu me entenda.
Mas vai chegar o dia em que verei mais sentido em me jogar na maré de idéias do que realmente compreendê-las. E vou parar de questionar, e apenas viver. Mas até lá, vou me perguntar todo dia: Quem eu sou?
(Gabriella Avila)




segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Mundo particular de Laura


Laura acordou e levou apenas 1 minuto para perceber que estava sensível, o tipo de estado em que ela observa mais as coisas e chora mais fácil. Mas ela não estava disposta a chorar naquele dia. Nenhum motivo especial, apenas porque chorar pode ser um pouco cansativo, um cansaço desnecessário quando não há uma boa razão.
Passou os olhos pelo quarto, seu refúgio. Seu mundo dentro daquelas 4 paredes. Lá estavam todas as pessoas que ela mais gostava, com seus melhores sorrisos e expressões, registradas através de fotos cuidadosamente espalhadas. E seus pensamentos e desenhos tortos rabiscados à lápis no canto de uma das paredes. E o violão encostado que, apesar de ela ter esquecido todas as notas que aprendera, lembrava que ela adorava músicas acústicas. E o tapete no qual ela rolara com amigas. E a cama na qual ela rolara com amores...
E tantos outros detalhes de sua vida, personalidade e história.
Faltava um espelho. Todos que a visitavam faziam a mesma pergunta: “Por que você não tem um espelho no quarto?”, na qual a resposta também vinha em forma de pergunta: “Você já pensou que o espelho mostra você mesmo quando você não quer ver? Isso pode ser irritante as vezes.”
Aquele lugar era seu mundo e ela o amava. Mas estranhamente tinha a sensação que tudo estava normal demais. Talvez fosse hora de conhecer outros mundos individuais.
Geralmente quando se sentia assim, pegava sua câmera e ia fotografar pela cidade. Mas ela já a fotografou de todos os ângulos possíveis e todos seus rostos mais originais.
Daí ela soube, sim
plesmente soube, que a resposta não estava na câmera, mas na mala...
(Gabriella Avila)

Laura again. Sabe quando vc sente essa inquietação? De que as coisas não estão como vc queria e precisam de uma mudada estratégica? Sinto bastante isso, e a Laura tbm. Mas ela tem mais recursos e possibilidades do que eu...
Quero mandar um beijo pros leitores que eu sei que me acompanham por causa dos comentários: Elen e Augusto. Obrigada gente xD
Se tiver mais alguém que lê os textos, comentem, pra eu poder saber ^^
;**

PS: A inspiração pra esse texto veio da música Hometown Glory, de uma cantora inglesa chamada Adele. É linda e eu recomendo a vc que gosta de melodias leves e vozes bonitas ;]

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A humanidade e seus traumas

A humanidade sempre foi mestre em superestimar sua existência e importância. Cheia de pequenos e grandes vícios, um deles é responsabilizar as gerações anteriores por seus erros e subestimá-las por seus atos.
Acusa-se o povo da Idade Média por deixar-se alienar pela religião e o das Revoluções industriais por alienarem-se pelo trabalho...
E agora, depois de tantos séculos, ainda não perdemos essa mania de alienação. Nos fazemos de vítimas, nos acomodamos e nos alienamos pela preguiça, por falta de qualquer outra coisa mais importante.
Carregando no bolso diversas desculpas por sermos assim. Sem a mínima vergonha ou culpa por sermos escravizados pelo dinheiro e vaidade. E criando cada vez mais mecanismos que façam a vida parecer ainda mais fácil e escondam nossos problemas.
Afinal, não queremos passar por nenhuma privação que nossos ancestrais passaram se podemos evitar isso, não é mesmo? Enquanto estamos confortáveis, as conseqüências pouco importam, principalmente se existe a possibilidade que elas só chegarem para a próxima geração.

(Gabriella Avila)


A humanidade pode mesmo ser irritante neh?! Nós somos muito frescos. Ou ficamos frescos ao longo do tempo? Não sei, não sei...
Bom, sem promessas de 'essa semana eu posto' pq as vezes eh foda ;p
Espero que entendam e não abandonem o blog xD
Sempre comunico as atualizações no meu twitter, então sigam de quiserem: http://www.twitter.com/gabiilela


;**